
O Agente Comunitário de Saúde obtém na sua formação, desde o curso introdutório, várias informações sobre como e onde registrar os dados coletados nas visitas domiciliares.
Mas… e a dimensão da relação entre as pessoas?
E o lado humano, das emoções, dos encontros, das dificuldades?
De modo geral, este lado acaba pouco trabalhado nas capacitações.
No entanto sabemos o quanto é importante, tanto para o ACS quanto para as famílias, que as visitas aconteçam num clima de confiança, respeito, escuta.
Isto exige cuidados e competências que vão além dos conhecimentos técnicos – exige um “jeito-de-ser” marcado pela humanidade, respeito e ética.
O Referencial Curricular do Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde fala deste “saber-ser” e recomenda que este desenvolva suas atividades de forma a:
- Interagir com os indivíduos e seu grupo social, com coletividades e a população;
- Respeitar valores culturais e individualidades ao pensar e propor as práticas de saúde;
- Buscar alternativas frente a situações adversas, com postura ativa;
- Recorrer à equipe de trabalho para a solução ou encaminhamento de problemas identificados;
- Levar em conta a pertinência, oportunidade e precisão das ações e procedimentos que realiza, medindo-se pelos indivíduos, grupos e populações a que se refere sua prática profissional;
- Colocar-se em equipe de trabalho em prol da organização e eficácia das práticas de saúde;
- Pensar criticamente seus compromissos e responsabilidades como cidadão e trabalhador.
Neste trabalho, o respeito, o sigilo e a confiança são elementos fundamentais.
Por isso, o agente de saúde tem sido um profissional que é capaz de “escutar e ouvir” o que as pessoas dizem.
Fonte: Almanaque do Agente Comunitário de Saúde 2014.